sábado, 16 de fevereiro de 2008

ok... depois de horas a internet voltou por aqui. acho que foi o temporal de ontem... fuertíssimo, fuertíssimo. Peguei o chuvaral nervoso saindo do metrô república. eu e dedeco torres ficamos na esquina da são luis, em frente a banca de jornal, só vendo o ventão bater e arrastando a cortina d'água pela avenida enquanto algumas pessoas tentavam encarar a tormenta com esses guarda chuvas vagabundos de 5 mangos que os camelos vendem na porta do metrô. o tiozinho da banca ficava gritando pra elas; "não vai não! tá muito forte! quando fica assim ele bate os 80 kilometros!". eu olhei pro dedeco e ficamos imaginando se aquele vento batia mesmo nos 80 kilometros... bom, só teve um jeito de provar. atravessando a são luís deu pra ver que era um tanto exagerado o alarde em torno da ventania, embora ela estivesse longe de ser fraca assim como a chuva que terminou de ensopar nossas roupas asssim que chegamos do outro lado da avenida. tive que dar um pique até o copan que morreu nos últimos 300 metros do trajeto. continuei andando lembrando daquele episódio do mitybusters que provou que correr debaixo de chuva só faz você se molhar mais ainda...
a falta de fôlego me remeteu a minha experiência anterior ao temporal. horas antes eu estava acompanhando um programa de 11 lutas de boxe amador no ginásio baby barioni na barra funda. o convite partiu do andré que queria fazer um social com os caras da academia onde ele está treinando, um dos lutadores da academia iria estrear naquela noite. seria a 9˚ luta do programa, quando chegamos ainda presenciamos o fim da 2˚ luta. sentamos em umas cadeiras dispostas ao redor do ringue. a mesa de jurados a nossa frente, o locutor anunciando a vitória por pontos do lutador de capecete azul de uma agremiação de santo amaro. aplausos entusisamados dos, no máximo, 200 expectadores que acompanhavam as lutas. dedeco foi falar com o pessoal da roldan (a academia que ele frequenta) enquanto eu me ajeitava na cadeira abrindo uma garrafihna de água gelada. a terceira luta da noite iria se iniciar, o narrador apresenta os lutadores que me escapam a atenção porquê vejo se aquecendo em um outro canto da quadra uma garota, luvas em punho, um conjunto verde água de short e camiseta regata com uma malha preta por baixo. mulata com cabelos pretos, no máximo uns 18 anos. ela parecia tensa mas feliz enquanto saltitava no mesmo lugar. voltei meus olhos pro ringue, uma confusão de socos se emaranhavam em busca de um lugar ao sol. não havia estilo naqueles lutadores embora não exista esporte com mais estilo do que boxe. de qualquer maneira meu interesse ficou com a jovem lutadora que ainda se aquecia no canto da quadra, vê-la ali me gerou uma expectativa de ver sua luta.
O três rounds que cada luta compreendia passam rápidos quando vistos do lado de fora do ringue, muito diferente pra quem está em cima dele. aguentar três minutos de porrada sem ter pra onde fugir não deve ser nada fácil mas mesmo assim os lutadores da 2˚ luta, ao soar o terceiro gongo anunciando o final, pareciam inteiros e pouco empolgados. acho que sacaram que tinham feito uma luta de merda. Na sequência o narrador anuncia a única luta feminina da noite, no meio da algazarra e com o som do alto falante estourando eu mal consigo auvir o nome das lutadoras. só consigo entender que uma delas (a que eu havia reparado anteriromente) é de santo andré. o juiz fala com uma de cada vez em seus respectivos córners, só neste moemnto percebo a outra lutadora. uma garota negra, aspecto franzino e um conjunto de short e camisa regata vermelhos. elegi-a como a desafiadora... a outra já era minha preferida desde o primeiro instante em que a vi. O juiz vai até ela para se certificar de que está tudo em ordem e neste momento ela deixa escapar um sorriso de menina ansiosa. ali, naquele exato instante eu senti que aquela luta não seria a dela... três rouds depois o narrador anuncia a vitória por pontos (como a maioria das lutas da noite) da garota negra de conjunto vermelho. eu estava me sentindo bem, poderia sair dali e tomar uma cerveja e fumar um cigarro e ir dormir feliz. mas preferi continuar...

fim primeira parte (continua)

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