sexta-feira, 2 de maio de 2008

NA HORA DO APERTO

Bom, de volta a este espaço que ainda reluto em classificar como um blog. Mas vamos lá por que no fim das contas alguém sempre acaba lendo e na real acho que é pra elas que acabo escrevendo mesmo… essa vontade louca de ser escutado, entendido, amado… foda, eu sei. Mas “não existe besta que um dia não tenha precisado ser amada” acho que era assim a citação a Shakespeare (Ricardo III ?) que fecha o filme “Expresso para o Inferno”… uma cena absurdamente linda com John Voigt em pé com os braços abertos sobre a locomotiva desgovernada rumando para o abismo… a morte gloriosa. Que puta filme!
Voltando aos dias de hoje, sexta feira encharcada na metrópole, vivo uma calmaria surpresa que me permitiu até, ou melhor, me entusiasmou para voltar a dizer alguma coisa por aqui.
Passada a correria louca com o longa “Plastic City” (esses chineses…) e esperando o cheque compensar na conta do banco lembro que criei este blog na hora do desespero “da inércia dos acontecimentos” e pouco tempo depois as coisas entraram num eixo. Eu me acalmei e entendi que a gente tem muito mais a dizer na tristeza do que na alegria e que na real isso é muito bom porquê “felicidade” é só um átimo… algo que vem só pra te lembrar da insustentável leveza do ser, pra te dizer que a vida real é um buraco muito mais lá embaixo.
Mas como disse um grande amigo e irmão de universo: “Gustavo, enquanto existirem os amigos estaremos a salvo” e esse mantra que venho repetindo ao longo dos anos me alivia quando percebo que na alegria ou na tristeza sempre vou ter algo a dizer… sobretudo a um amigo.
Então amigo, essa é pra você. Te amo.